A primeira cidade de que vou falar é Aveiro, uma cidade linda da qual eu adoro!
Aveiro, conhecida como a Veneza portuguesa (Veneza porque a ria de Aveiro circula pelo meio da cidade) tem cerca de 55 291 habitantes.
Como todas as cidades Aveiro também tem uma história a qual passo a citar...
No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo este templo a ser demolido em 1835.
Mais tarde, D. João I, a conselho de seu filho, Infante D. Pedro, que, na altura, era donatário de Aveiro, mandou rodeá-la de muralhas que já no século XIX, foram demolidas, sendo parte das pedras utilizada na construçào dos molhes da barra nova.
Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual que chegou aos nossos dias e é conhecida por Feira de Março.
Em 1472, a filha de D. Afonso V, Infanta D. Joana, entrou no Convento de Jesus, onde viria a falecer, em 12 de Maio de 1490, efeméride recordada actualmente, no feriado municipal. A estada da filha do Rei teve importantes repercussões para Aveiro, chamando a atenção para a vila e favorecendo o seu desenvolvimento. O primeiro foral conhecido de Aveiro é manuelino e data de 4 de Agosto de 1515, constando do Livro de Leituras Novas de Forais da Estremadura.
A magnífica situação geográfica propiciou de Aveiro, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as pescas e o comércio marítimo factores determinantes de desenvolvimento.
Em finais do século XVI, princípios do XVII, a instabilidade da vital comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal, impedindo a utilização do porto de Aveiro (O porto de Aveiro é um porto situado no distrito de Aveiro, inserido numa laguna que constitui a Ria de Aveiro. É uma zona classificada como zona de protecção especial (ZPE), que assume uma especial importância para variadíssimas espécies, no que respeita à conservação de zonas húmidas) e criando condições de insalubridade, provocadas pela estagnação das águas da laguna, causas estas que provocaram uma grande diminuição do número de habitantes - muitos dos quais emigraram, criando póvoas piscatórias ao longo da costa portuguesa - e, consequentemente, estiveram na base de uma grande crise económica e social. Foi, porém e curiosamente, nesta fase de recessão que se construiu, em plena dominação filípina, um dos mais notáveis templos aveirenses: a igreja da Misericórdia.
Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade, poucos meses depois de ter condenado por traição, ao cadafalso, o seu último duque, título criado, em 1547 , por D. João III. Por essa razão à nova cidade foi dado o nome de Nova Bragança em vez de Aveiro. Esse nome foi mais tarde abandonado, voltando a cidade à denominação anterior.
Em 1774, a pedido de D. José, o papa Clemente XIV instituiu a Diocese de Aveiro.
A passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, obras estas de capital importância para o desenvolvimento da cidade, permite-lhe ocupar, hoje em dia lugar de topo no contexto económico nacional. (Estas informações foram retiradas de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_de_Aveiro)
Existem muitas razões para visitar Aveiro, para além de ser uma cidade linda tem um grande património, dos quais posso destacar: o museu de Santa Joana, Igreja dos Carmelitas, Jardim Infante D. Pedro, Sé Catedral de Aveiro, Capela da Sra. da Alegria, Teatro Aveirense, casa que Eça de Queirós habitou enquanto morou na cidade, igreja da misericórdia, entre outros...
Outro grande motivo de interesse é os passeios de moliceiro na ria que circulam pela cidade, para além de ser muito agradável é óptimo para conhecer os principais pontos da cidade. Este barco (moliceiro) era utilizado para a apanha do moliço, mas hoje em dia é mais usado para fins turísticos. É um barco de borda baixa com uma decoração muito colorida, e para quem não conhece é de fácil identificaçaõ devido às suas caracteristicas. Uma das coisas que tornam Aveiro um importante centro marítimo e comercial é a produção de sal (salinas), a exploração de sal na região é uma actividade muito antiga.
A feira de Março é umas das tradições de Aveiro, todos os anos do dia 25 de Março ao dia 25 de Abril esta feira é feita no grande parque de exposições de Aveiro, durante todo o mês conta-se com grandes espectáculos musicais, pavilhões com demonstrações para vendas (por exemplo, mobílias, entre outras coisas), barraquinhas de vários tipos, muitas diversões (por exemplo, montanha russa, gelo, etc.)
Aveiro também dispõe de universidade, a Universidade de Aveiro. É uma universidade pública, que se tornou uma referência em termos de investigação. Em 2009, foi considerada a melhor universidade portuguesa na área das engenharias.
O distrito de Aveiro é constituído por lindas praias, apesar de conhecer quase todas aquela que eu frequento mais é a praia da Barra. Esta praia tem um farol que é um dos mais altos da Europa. É nesta praia que desagua a ria de Aveiro, e onde também se pode assistir a entrada e saída de barcos. A praia da Barra é um local onde se vê muito a prática de surf e pesca. Durante todo o verão existe várias festas, sendo esta a praia mais frequentada pela região. Já para não falar da paisagem linda que esta praia propicia, tendo um grande paredão, ideal para dar um passeio...
Em relação à gastronomia, o principal prato típico é caldeirada de enguias, e em relação a doces são os famosos Ovos moles, tradicional da pastelaria aveirense, cuja fórmula e método de produção se deve às freiras que habitaram os conventos da cidade até ao século XIX, mesmo depois de extintos os conventos a originalidade, a qualidade e a receita mantiveram-se até aos dias de hoje, sendo um doce muito apreciado quer pelos habitantes quer pelos turistas.
Depois de tudo isto acho que não restam dúvidas em saber se vale ou não a pena visitar Aveiro! Para além de ser uma cidade muito bonita devido às suas características, em geral é uma cidade calma e que pode originar muitos passeios agradáveis, pois tem um grande património.